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Abrigo Fotográfico

2017. Algodres, Reserva da Faia Brava.
WILDLIFE PORTUGAL.                                           projecto: Samuel Pereira Pinto                       execução: Carlos Martins Pinto                   


A Reserva da Faia Brava, que abrange cerca de 850ha de propriedades nos concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo e Pinhel,
alberga uma importante população de aves rupícolas, que encontram nas encostas fluviais do Côa formadas por afloramentos
rochosos graníticos e escarpas de declive acentuado locais propícios à nidificação. A encomenda de um abrigo fotográfico
corresponde à necessidade de dispor de um espaço para observação e registo destas aves em estado selvagem, nomeadamente
dos abutres.

O projeto é determinado desde logo pela circunstância geográfica: um local ermo, elevado, de difícil acesso e topografia difícil,
exposto no inverno à chuva forte e ao vento intenso e no verão ao calor tórrido que dificulta a permanência por longos períodos de
tempo. Fatores que determinaram à opção por uma estrutura regular pré-fabricada em madeira de pinho nórdico, decomposta em
grandes elementos base - chão, paredes e tecto - passíveis de serem manuseados e montados no local por duas pessoas. O
dimensionamento de todos os restantes elementos segue o critério da racionalidade e aproveitamento da matéria-prima. As
opções materiais, nomeadamente dos revestimentos, procuram minorar ao máximo o impacto ambiental e paisagístico do abrigo,
integrando-o na paisagem, assim como assegurar o conforto necessário à atividade morosa que ai se desenvolve. Não se abdicou
da cobertura inclinada e de um beiral generoso que asseguram a indispensável proteção contra os elementos naturais,
complementadas por portadas que dissimulam também os vãos através dos quais se faz a fotografia.